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Tratamento Hiperplasia de Próstata

Tratamento Hiperplasia de Próstata

Tratamento Hiperplasia de Próstata

HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA

A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é o nome técnico para o aumento benigno da próstata. Ou seja, a próstata cresce com o passar dos anos, o que é comum e não é câncer.

O que é a próstata?

A próstata é uma glândula que só os homens têm. Ela fica logo abaixo da bexiga e envolve a uretra, que é o canal por onde a urina sai.

Com a idade, especialmente após os 40 ou 50 anos, a próstata começa a crescer. Esse crescimento pode apertar a uretra, dificultando a saída da urina.

Principais sintomas da HPB:

• Vontade de urinar várias vezes, inclusive à noite

• Dificuldade para começar a urinar

• Urina fraca ou que sai em gotas

• Sensação de que a bexiga não esvaziou totalmente

• Urgência urinária (vontade repentina de ir ao banheiro)

• Em casos mais graves: incapacidade de urinar (retenção urinária)

Esses sintomas podem afetar a qualidade de vida, causar cansaço, insônia e até problemas emocionais.

HPB é câncer?

❌ Não. A HPB é um crescimento benigno da próstata.

Mas os sintomas podem ser parecidos com os do câncer de próstata, então é importante fazer exames e acompanhamento médico com um urologista.

Como é feito o diagnóstico?

Vários exames podem fazer parte, dependendo da situação clínica, do diagnóstico da Hiperplasia Prostática

• Exame de PSA (sangue) – para avaliar o risco de câncer

• Toque retal – para sentir o tamanho e consistência da próstata

• Exames de urina

• Ultrassonografia

• Fluxometria/Avaliação Urodinâmica

• Ressonância Magnética da Próstata

Tratamentos disponíveis:

1. Mudanças no estilo de vida

o Evitar líquidos antes de dormir

o Reduzir álcool e cafeína

o Urinar com calma e regularidade

2. Medicamentos

o Para relaxar os músculos da próstata e da bexiga, que são os alfabloqueadores, tais como a Doxazosin e a Tansulosina

o Ou para diminuir o tamanho da próstata, como a Finasterida e a Dutasterida

3. Cirurgias

Quando os medicamentos não funcionam bem, quando os sintomas são muito incômodos ou em situações específicas, como resíduo miccional alto, sinais de deterioração do aparelho urinário, cálculos de bexiga, infecções urinárias de repetição e outras, o urologista pode recomendar um procedimento cirúrgico para tratar o aumento da próstata e a obstrução.

Essas cirurgias não removem toda a próstata, apenas a parte que está crescendo e atrapalhando a passagem da urina.

IMPORTANTE salientar que não existe uma única técnica cirúrgica, que seja melhor que todas as outras, em todas as situações. A indicação de qual procedimento será realizado depende, principalmente, do tamanho da próstata e das condições clínicas do paciente. Em função disto é importante que o urologista, em conjunto com o paciente, definam a melhor abordagem cirúrgica.

Os principais tratamentos cirúrgicos incluem:

A) Ressecção Transuretral Bipolar da Próstata (ou RTUP)

• É o tipo de cirurgia mais tradicional para HPB

• Feita por via uretral (sem cortes na barriga)

• Um aparelho é inserido pela uretra e remove o excesso de tecido da próstata

• O paciente geralmente fica internado 1 a 2 dias

• A recuperação leva de 2 a 4 semanas

Bastante eficaz, especialmente para próstatas de tamanho moderado, até aproximadamente 50 gramas

B) Cirurgia a laser

Atualmente a principal opção cirúrgica a laser é o HoLEP

🔹 HoLEP (enucleação da próstata com laser de holmium)

Procedimento de ressecção pela uretra .

Tem a vantagem, em relação à RTUP, de remover uma quantidade maior de tecido prostático aumentado, podendo ser utilizada, com melhores resultados, em próstatas mais volumosas, acima de 50 gramas e, especialmente, acima de 80 gramas.

Vantagens:

Menor sangramento

Recuperação mais rápida

Pode ser feito em pacientes com problemas de coagulação ou que usam anticoagulantes

Também é feito pela uretra (sem cortes externos)

Menor taxa de retratamento de longo prazo

C) Prostatectomia Robótica (Adenomectomia Robótica)

Indicada para próstatas muito grandes

É a cirurgia prostática reservada, principalmente, para próstatas de alto volume. Especialmente acima de 150-200 gramas.

Muito eficaz e segura nestas condições.

Requer anestesia geral e um tempo mais prolongado de sonda vesical, quando comparada ao HoLEP.

D) Procedimentos minimamente invasivos (MIST)

• Urolift®: clipes são colocados, por via uretral, para abrir o canal da uretra sem remover tecido

• iTind: • O iTind é um pequeno dispositivo metálico, feito de um material chamado nitinol, colocado via uretral e que fica no corpo por 5 a 7 dias e age "moldando" suavemente o canal urinário, criando um espaço maior para a urina passar.

• Rezūm®: vapor de água quente é usado para reduzir o volume da próstata

• Aquablation®: jato de água guiado por robô remove o tecido com precisão

Efeitos colaterais possíveis (dependem do tipo de cirurgia):

• Ardência temporária ao urinar

• Sangue na urina por alguns dias

• Ejaculação retrógrada (o sêmen vai para a bexiga, e não para fora) – comum, mas não afeta o prazer

• Infecções urinárias (em alguns casos)

Resumo:

✔ Cirurgia é indicada quando os sintomas são fortes ou há risco para os rins e bexiga

✔ Existem várias opções, desde tradicionais até minimamente invasivas

✔ A escolha depende do tamanho da próstata, saúde geral do paciente e recursos disponíveis

✔ A maioria dos homens melhora muito após a cirurgia

4. Acompanhamento é essencial

Mesmo sendo uma condição benigna, a HPB precisa de acompanhamento médico para evitar complicações, como:

• Infecções urinárias

• Formação de pedras na bexiga

• Perda de função renal

• Retenção urinária

Resumo rápido:

✔ A Hiperplasia Prostática é comum com o envelhecimento

✔ Não é câncer, mas pode atrapalhar bastante a vida do homem

✔ Tem tratamento, com remédios ou cirurgia

✔ Consulta com o urologista é fundamental para adequado manejo desta patologia


Urologista em Porto Alegre - Dr. Gustavo Sá

Dr. Gustavo Pereira de Sá

CREMERS 20.498 - RQE 11986

Formado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 1993
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital São Lucas da PUC-RS 1994 e 1995
Residência Médica em Urologia no Hospital São Lucas da PUC-RS 1996 e 1997
Doutor em Medicina pela PUC-RS 2003
Pós-Graduado em Uro-Oncologia pela UNICAMP -SP
Habilitado em Cirurgia Robótica pela Sociedade Brasileira de Urologia
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia
Membro da American Urological Association
Membro da Confederacion Americana de Urologia
Membro do Núcleo de Uro-Oncologia Hospital Mãe de Deus

(51) 99872-4977



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